Além do Mais – 23/07/2015

A Ficha Limpa

A Lei da Ficha Limpa, projeto de iniciativa popular em vigor desde 2010 veio trazer um pouco de ordem na orgia de gastos irregulares e outros crimes cometidos por políticos em todas as esferas do poder. A Lei da Ficha Limpa alcançou em nossa cidade a figura do ex-vereador e ex-vice-prefeito Dedé da Folha, tornando-o um “ficha suja”.

O Ficha Suja

Como “ficha suja” que era e continua sendo, Dedé usou de todos os recursos legais para se manter como candidato nas eleições em 2012. Graças a isso seu nome permaneceu na lista de candidatos e sua foto apareceu na urna, mesmo fora da disputa. Por conta de uma decisão judicial e um eleitor crédulo, simplório e mal informado, Dedé acabou recebendo 16.931 votos, mesmo estando inelegível.

O valor da informação I

Um dos grandes males do nosso povo é não ter o hábito de se informar sobre os políticos em quem vota, por isso chegamos a esse estágio onde a presidente que venceu a eleição com 52% dos votos, hoje tem apenas 6% de aprovação. Caso os 52% que votaram na Dilma tivesse se informado melhor sobre ela e seu grupo, ela não teria sido eleita.

O valor da informação II

Tanto Dilma quanto Dedé utilizaram-se da chamada desinformação, isto é, usaram de meios de comunicação a seu dispor para ludibriar o eleitor. Nesta edição o Mais Notícias disseca o caso Dedé da Folha e traz à luz o nebuloso episódio do pagamento de contas irregulares feitas quando era presidente da Câmara e lhe custou o carimbo de “ficha suja”.

Manobras arriscadas I

Para se livrar de condenação, todo político se arrisca em manobras jurídicas. O ex-prefeito Clóvis Volpi, por exemplo, descolou uma carta na manga para derrubar a condenação de suas contas junto ao TCE. Interlocutores próximos a ele afirmam que se a Câmara de Ribeirão não “honrar o acordo” aprovando suas contas, Volpi acionaria seu “plano B”, que por sinal seria mais barato, porém com risco de não dar certo a tempo.

Manobra arriscada II

Do lado do Governo também há manobras, só que relativas à publicidade. É notória a necessidade da gestão em “propagandear” suas realizações, porém ano que vem a lei determina que a Prefeitura só pode gastar com agência de publicidade uma média do que foi gasto nos últimos três anos. Como não houve contratação de agência, o governo deverá correr contra o tempo para investir todo o orçamento publicitário neste segundo semestre, na tentativa de melhorar a média para o ano que vem.

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