A velocidade terrível da queda

“Alguns nascem para liderar. Outros para serem liderados”. A velha máxima se aplica aos mais diversos setores da sociedade, seja em uma lanchonete, uma pequena empresa, ou um órgão público. É assim, até porque em terra onde “há muito cacique para pouco índio” a guerra prevalece.

É natural ao ser humano pedir a presença de um líder, aquele que assume o ônus das cobranças e também, justiça seja feita, acaba por capitalizar os louros da glória. Não é algo que se aprenda nos bancos da escola, ainda que estes possam desenvolver a habilidade nata. Liderar é algo que nasce e cresce no íntimo dos “escolhidos”.

A humanidade contou com grandes líderes, uns com maior, outros com menor destaque, fazendo ou não uso da força para conseguir seus propósitos. Dentre os bem-sucedidos, todos, sem exceção, tiveram uma qualidade em comum: souberam a hora certa de deixar a posição de liderados e também mantiveram seus grupos de sustentação, aqueles que, de fato, fazem o trabalho árduo, que garantem a conquista.

A história condenou aqueles que deixaram seus apoiadores de lado ao pior dos castigos: o limbo, o esquecimento, a vala comum daqueles que tiveram a chance, mas não tiveram paciência e sabedoria, duas grandes virtudes que são pilares da construção de qualquer líder.

Ascender, em qualquer carreira, é um prêmio àqueles que trabalham duro, aprendem e fazem bom uso dos ensinamentos dos mestres e, acima de tudo, primam pelo respeito e a correção. Mais uma vez, temos um exemplo vivo desta história que é reescrita dia após dia com o mais novo episódio do caso Dedé da Folha que, literalmente, deu as costas a seus pares ao tentar alçar vôo solo sem qualquer tipo de sustentação, perdendo a confiança dos que outrora lhe apoiavam e também colocando a sua curta carreira política em espiral descendente que, a cada dia, se torna mais difícil de ser revertida.

Uma lição que fica aos que já estão e também aos que desejam se aventurar na Política é que ela é um ramo alicerçado na confiança e nas relações entre parceiros que costuma condenar com exclusão eventuais detratores de suas rígidas leis. E, como não poderia deixar de ser, desta vez não foi diferente.

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