A grande rede entra nas urnas

A Internet e as redes sociais, dia após dia, tornam-se elemento fundamental em nossas vidas para bem ou para mal e, pela primeira vez na história política deste país, deve ter papel decisivo como já o fez na última eleição presidencial dos Estados Unidos, que elegeu Barack Obama para a principal cadeira do planeta.

Prova disso é que há pré-candidatos aqui e ali, se vangloriando de feitos da administração, ainda que pouco (ou nada) tenham a ver com eles. Outros, que não estão com a máquina em mãos, usam a nova mídia para “detonar” rivais, apontando falhas e tentando mostrar ao eleitor que um novo caminho é o melhor a se seguir.

Desta maneira, não causa surpresa o fato do Supremo Tribunal Federal ter em pauta a discussão se tais informações, quando veiculadas pelas tais redes sociais, especialmente Twitter e Facebook, caracterizam ou não campanha antecipada, uma irregularidade que poderia causar a deposição de diversos pré-candidatos que sonham com um lugar ao sol nas eleições de outubro.

O problema gira no caráter viral da grande rede, capaz de espalhar uma informação para milhões de pessoas em questão de segundos. Desta maneira, se mal utilizada, pode causar danos irreversíveis a uma candidatura, bem como alavancar de maneira desigual alguma outra que, por ventura, faça melhor uso do que a Internet pode vir a proporcionar.

Está mais do que na hora de disciplinar todos os recursos disponíveis enquanto ainda há tempo para isso. Caso contrário, poderemos ter uma verdadeira guerra que, dentre mortos e feridos, pode aniquilar justamente o lado mais fraco: o eleitor.

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