Professores em greve pedem apoio a vereadores na Câmara

Ontem, a Câmara Municipal deu inicio ao novo horário e data das sessões. Dentre os requerimentos feitos no dia pelos vereadores, dois pontos chamaram a atenção, a greve dos professores e pedido de aumento de trinta minutos no horário de almoço, para funcionários públicos em dias de pagamentos.

Professora Neusa Nakano, Coordenadora da APEOESP pede apoio dos vereadores.

A vereadora Cléo Meira, explicou o motivo para o requerimento: “estou pedindo que se estenda o horário de almoço dos funcionários públicos, por mais trinta minutos em dias de pagamento. Muitos levam muito tempo para se deslocar até o Centro, e realizar os pagamentos em tempo hábil é quase impossível”. Algumas pessoas que estavam presentes na sessão protestaram. Este é um direito que existia até o ano passado, mas foi extinto. Esta mesma proposta contudo, foi apresentada ao Prefeito durante reunião realizada com representantes dos funcionários há alguns dias e houve uma sinalização positiva para seu retorno.

A seguir, a Câmara Municipal cedeu o espaço para os professores da rede estadual se manifestarem: “Estamos em greve desde o dia 22 de abri, e desde então fizemos três movimentações na Avenida Paulista. Infelizmente, parece que alguns veículos de comunicação se preocuparam apenas em destacar que nos estávamos atrapalhando o trânsito. Garanto que o propósito não é esse, e sim chamar a atenção para os problemas nas escolas públicas”, explica a professora Neusa Nakano, Coordenadora da Subsede de Ribeirão Pires.

“Hoje enfrentamos problemas como falta de infraestrutura e violência que deixa os alunos acuados e professores doentes. Muitos desenvolvem depressão e síndrome do pânico. A imagem da escola também está distorcida já que, devido a situação, elas mais parecem prisões com grades e câmeras de vigilância. A greve é uma forma de alertar as autoridades o que vivemos diariamente”, ressalta Neusa Nakano.

Para alertar sobre problemas na categoria a professora Ana Oliveira esclareceu: “atuo no estado desde o ano passado. Sou da categoria ‘O’, professora temporária, sendo assim sofro com limitações. Se fico doente, por exemplo, meu atestado não deve ultrapassar quinze dias, se não sou automaticamente desligada da rede. Penso que se algo serio acontecer, não posso e não tenho direito de ficar doente. Outra questão importante, são os professores que atuam na área e que não recebem o piso salarial correto”.

Para um melhor entendimento, foi entregue aos vereadores uma carta onde mais uma vez, os professores expõem os reais motivos da grave. “Nossa greve também tem por objetivo melhorar a qualidade de ensino que é oferecido às crianças e adolescentes das escolas estaduais”.

Em outro trecho da carta, “a greve é o último e extremo recurso, necessário quando o governo não negocia”. E no último parágrafo o pedido, “diante do exposto, pedimos aos senhores apoio a nossa mobilização visando a que o governo do Estado retome urgentemente as negociações com os professores da rede estadual de ensino, com vistas às pautas apresentadas e a melhoria da qualidade da Educação”.

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